No dia 07 de setembro, estreou a 2ª temporada de Atypical, uma série original da Netflix. Fique tranquilo, essa crítica NÃO CONTÉM SPOILERS!
Siga nossas redes sociais:
- Facebook: facebook.com/sitenerdbreak
- Instagram: instagram.com/nerd.break
- Twitter: twitter.com/sitenerdbreak
- YouTube: youtube.com/nerdbreakbr
Mas afinal, a 2ª temporada de Atypical foi boa?
Atypical é uma das grandes pérolas da Netflix, e uso esse adjetivo numa conotação extremamente positiva. O serviço de streaming que vem lançando uma enorme quantidade de conteúdos ruins, acerta em cheio ao entregar uma série sensível, carismática e que aborda vários temas atuais e importantes.
Um das coisas mais legais de Atypical, é o jeito como o roteiro desenvolve sua narrativa a partir da forma como Sam vê o mundo e encara as situações. O narrador protagonista faz paralelos muito legais entre o reino animal e os acontecimentos que giram em torno do seu dia-a-dia, trazendo humor e leveza, principalmente para as situações mais tensas e dramáticas da série.
A leveza é outro ponto que merece ser destacado. A 2ª temporada de Atypical segue desenvolvendo a vida de Sam, mas dá mais espaço para os personagens secundários desenvolverem seus arcos individuais. Todos têm uma jornada de crescimento e amadurecimento, regada de drama, sofrimento e evolução.
Por sinal, evolução é a palavra que melhor define a 2ª temporada de Atypical. Chega a ser emocionante ver como cada personagem evoluiu e mudou desde o início. A mensagem que é passada de superação, auto-descobrimento e coragem para enfrentar o novo e o desconhecido, é muito legal. A vibe de Atypical é muito gostosa, recomendo que todos assistam essa série.
O trabalho de Keir Gilchrist é impressionante. O ator abraçou o papel e conseguiu nos trazer um personagem sensível e frágil em alguns momentos, mas muito forte e destemido em outros. A forma como ele entrou no mundo do autismo e deu vida a Sam, foi incrível. Keir convence na atuação e consegue trabalhar muito bem as facetas e trejeitos do protagonista.
Brigette Lundy-Paine roubou a cena na primeira temporada. Casey é uma personagem incrível, com um coração enorme e que vive uma jornada muito interessante. Na 2ª temporada de Atypical, ela não chegou a ofuscar o protagonista, mas viveu um arco que conversa muito com os jovens que estão na fase do colegial. Todo o auto-descobrimento e o novo, foram mostrados de uma forma sutil e próxima da realidade. Várias situações que são mostradas em tela fazem jus à vida real.
Os veteranos Jennifer Jason Leigh e Michael Rapaport também tiveram uma boa participação na 2ª temporada de Atypical. Enquanto Jennifer procurou se redimir de seus pecados, Michael ganhou mais espaço para desenvolver o seu personagem. Doug saiu das sombras da esposa e conseguiu nos mostrar os seus sentimentos e o que ele pensa. A dupla fluiu muito bem em cena e protagonizou momentos interessantes, deixando um gancho a ser explorado na próxima temporada.
Além de entreter, Atypical serve para quebrar o preconceito, a ignorância e introduzir o autismo à muitas pessoas que não conhecem esse transtorno. A série mostra os dois pontos de vista tanto de quem vive no espectro, quanto de quem convive com autistas. A Netflix acerta ao entregar uma produção leve, séria e cheia de mensagens importantes. Se você ainda não assistiu, não perca essa oportunidade.